domingo, março 14, 2010

"DESPEDIDA"



A hora da despedida é sempre ruim, é pesada, desagradável, por melhores que sejam as razões de uma viagem, sempre deixamos muito para trás, e isso dói.
Sempre detestei me atrasar para as coisas... Eu até mantenho todos os meus relógios cerca de 10 minutos adiantados para garantir que não me atrase.
Hoje, eu me irritei de novo, pensei estar atrasado pra pegar o primeiro ônibus dea viagem de volta prta Franca e percebi que fui rude com minha mãe e minha irmã. Claro que o meu nervoso foi passando e me senti culpado... O tempo em casa está ficando cada vez mais raro e diferente, mas não tenho motivo e nem razão nenhuma em me irritar, pois dane-se que tenha de fazer uma viagem mais demorada, esperar na rodoviária, é minha família, minha mãe, faz tudo pro meu conforto, sente saudades e se preocupa comigo e por mim, o tempo todo. Minha irmã é pentelha ás vezes, mas é tão gostoso, tão agradável estar com ela, meu pai ta cada vez mais quieto, mas é "o Poderoso Gilberto" e a Paula também, carinhosa e companheira... Tadinhos, não merecem minha grosseria.
Olhando pra minha mãe e a Carol se despedindo de mim hoje, pela janela do ônibus, conversando sob a árvore e o forte vento pré-chuva, eu me senti como a Carol descrevia se sentir quando voltava pra São Paulo.
Me senti impotente e distante como um garotinho desamparado, com saudades e de cordão cortado, asas abertas e cara pro horizonte.
Eu estou me desvinculando de casa, construindo minha vida, saindo do ninho... Não nego que no último tchau eu chorei, me senti não como parte da família, mas como alguém distante, que se vai.
Queria um útimo abraço na minha mãe e meu pai, Paula e na Carol, queria poder dar outro beijo em todos e aproveitar á fundo cada um destes momento, devia ter tido mais cuidado, mais carinho.

Longe ou perto, eu AMO a minha família, INCONDICIONALMENTE e sinto a falta de todos vocês, constantemente.

DESCULPEM-ME.

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