sábado, junho 19, 2010

"MIRA NA FÉ"




E haja coração amigo!



Como dizia o narrador de Joseph Klimber: "A vida é uma caixinha de surpresas", o que de fato é uma grande verdade. Não temos como prever o dia de amanhã, não temos nem como esperar que o momento seguinte saia como estamos esperando, que seja como estamos planejando... A vida é incerta, traiçoeira e complexa. 
Tenho todos os dias como novos presentes, sejam eles recheados de boas ou más experiências e acontecimentos, pois independente do que sejam cada um deles, sempre tem novos aprendizados a serem acrescidos em minha vida.
Mas como já dito antes, acredito que tenhamos fases da vida e fases na vida.
Digo fases da vida, porque passamos por elas no decorrer da idade, do que aprendemos para sobreviver e nos relacionar, nossas habilidades, nossas preferências, ou seja, tudo o que é necessário para que formemos nosso caráter.
Quanto as fases na vida, essa são um pouco complicadas, são as situações que decorrem das fases de vida que estamos vivendo cada uma com suas peculiaridades e particularidades, mas que por vezes se tornam um montante de fardos tão pesados (aquém do que nos acrescentam em experiências), que se torna realmente difícil carregá-las.
Por exemplo, minha fase de hoje, neste mês de junho Que volta um pouco á linha de pensamento dos textos:


Onde estava passando por provações ou tive novas visões de esperança ao conseguir transpor desafios e barreiras. Estou ciente de que a vida é constante de provações que se apresentam todos os dias, mas podem crer, tem dias que dá vontade mandar a vida á merda! 
É muita coisa e é sempre "tudojuntoemisturado"!  
O que me salvam são as pessoas, o apoio, amor carinho que recebo dos meus amores, dos meus mais próximos e de alta estima. Não me lembro de nenhum momento em que tenha exteriorizado desespero, cansaço ou fadiga, de que algum deles não tenha se prontificado á me dar conforto, seja a minha família, sejam meus amigos ou amores que tive.
Me lembro muito da minha mãe e de minhas irmãs, de tantas palavras, de tantas conversas descontraídas para tentar contornar a lembrança dos problemas em diferentes situações e temas. Sinto muita saudade do apoio que tinha de imediato ao estar perto de vocês todos os dias, de ter a quem recorrer quando era preciso desabafar meu fardo.
Me lembro da Carina me dando bíblias para ler antes das provas do vestibular quando estava quase entrando em parafuso, em estado de "alfa"... Não as lia (as Bíblias), mas guardava com carinho o gesto e os livros, sabendo que de alguma maneira existiu uma certa oração peculiar para com minha sorte e iminente desfecho da parte dela. Aliás, sempre ouço este conforto, "ler a bíblia"... Por estes dias ouvi do meu amor, um pedido de que lesse alguns trechos (estou esperando você me dar Bi e pode ter certeza de que desta vez vou ler com carinho).
Não sei se tenho algum tipo de preconceito, mas nunca me interessei realmente em conhecer suas passagens, nunca me interessei em freqüentar um templo ou ouvir um "mané" pregar lá na frente.
Claro que já fui confrontado por essa ideologia, inclusive comigo mesmo, nas bodas de ouro dos meus avós (agora em fevereiro), onde ouvi um jovem padre falar de maneira exemplar e admirável, o que realmente me surpreendeu e abriu uma nova visão quanto a igreja. 
De qualquer maneira, eu não seria em nenhum tempo um freqüentador assíduo do templo, mas sempre levei a fé de algo maior comigo, sempre soube fazer as orações (que aprendi a fazer quando dormia ao lado da minha mãe, rezando por meu pai que estava em viagem, á trabalho) e de fato sempre que me desesperei, as fiz, trazendo um aconchegante conforto para o peito.
Eu sinceramente estou muito cansado este mês. 
As obrigações e responsabilidades se acumularam muito, os horários são apertados para tantos afazeres, a fadiga é crescente e a minha vontade de continuar é lastimável. Não sei mais por quanto tempo vou dar conta de tudo isso, o trabalho cansativo e pesado, as benditas metas a bater, o relacionamento com os clientes, as cobranças do chefe, as minhas cobranças pessoas (sim, sou um escravo da culpa), os trabalhos do D.A, as poucas horas de estudo, a ansiedade, o tempo perdido no trânsito, poucas horas de sono, muita matéria, as provas chegando, professores com métodos de aula quase que medievais, cobranças também de professores, ARGH!

O negócio é ter fé mesmo, pode crer. 
Trabalhar com o que não gosta, ter aula com professores por quem criei inimizade, matérias pesadas e controversas, o desejo de coisas diferentes, mais coisas, mais tempo, mais prazeres... 
E olha que ainda nem comecei pra valer a vida real hein?!
É o momento de transição, é complicado mesmo, mas eu me pergunto:

Será que sou obrigado a dar conta?
Ou posso me reservar o direito de escolher o que quero, posso e consigo fazer?
É, aí que mora meu problema, pois a fé é grande, mas a culpa que me consome e me deixa no impasse é sempre maior ~ 
Maldito problema pra lidar com culpa... Me cansa muito essa sensação de estar levando o mundo nas costas, de "tudojuntoemisturado".

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