sábado, setembro 25, 2010

"FORA NINBO!"




Hoje eu fiquei me perguntando se é possível mesmo que escolhamos fazer algo (ou deixar de fazer), que nos seja necessário e não mudar mais de ideia. 
Seguir esta escolha com fé e determinação pensando em um bem maior para nós mesmos, sem dúvida alguma.


Para mim, a vida é todo dia, independente dos que sejam fatídicos de uma maneira negativa e que podem ser rebatidos constantemente com dias iluminados. É por estes fatos que somos tão fadados ás situações que nos acontecem e ás quais nos colocamos. Somos seus causadores.
Ás vezes a gente está perdido, precisando de colo, ombro e abraço... Mas será que ouvir tantos conselhos quando estamos fragilizados nos fazem bem? 
Fiquei me perguntando hoje frente á olhos marejados.
Eu acho que muitos de nós demoramos tempo demais para parar e prestar atenção no que fazemos. Não nos damos conta das nossas escolhas ou, fazemos com intenções egoístas e dolosas mesmo, propositalmente. Eu me dei conta hoje que devo desculpas á muitas pessoas... Indaguei há alguns anos sobre meus valores e pontos e percebi que não estava certo, que usei de sentimentos e palavras para conseguir uma satisfação própria tão egoísta para massagear meu ego, que me senti culpado por muito tempo pelo que já fiz. Um fantasma que ás vezes ainda me persegue.

Hoje, eu provei o outro lado. Ouvi alguem sobre fatos sem ser personagem da história, mas pude me colocar dentro do contexto. Acho que provei de tudo, tanto que até acho que fui vítima da solução futura que ela escolheu. Sabiamente podem me ter feito isso, meticulosamente pensado e merecidamente devolvido para mim...
Eu não sei até onde podemos sustentar uma escolha quando nos acomodamos com nossos sentimentos porque, particularmente, acho impossivel e insensato negar o que sentimos só pelo que já sofremos com outros... Seria tão natural quanto a vinda do sentimento, sem que o queiramos e que seu fim aconteça por algum tipo de eventualidade aquém da nossa escolha de não querer mais?

Isso me é uma grande questão paradoxal... Uma situação Kafkaniana tão grandiosa que não sei ainda como sustentar teses sobre nenhum lado... Se é possível não querer mais e aguentar, ou que seja necessário sofre-lo para cessar de vez os efeitos que o sentimento tem sobre nós.
Está confuso? É, o amor é algo confuso.

Nos queima por dentro, toma de súbito, domina o corpo, a mente, o coração avassaladoramente e por fim, de repente se transforma em cinzas. Daí surge um outro, mais forte, que parece ser mais real e menos confuso, tão belo, apaixonante que até nos faz esquecer como era possível sentir isso antes de encontrar esta pessoa?! -hahahahaha!

Mas peraí! Amor não é uma sucessão de momentos parecidos e completamente diferentes?
É outra pessoa, outro tempo, outros lugares, uma vista diferente e muito bonita mas que no fim, é amor como foi antes e pode ser depois. A cada novo amor eu me dôo com todo o carinho, atenção e amor que posso, ou, como diria minha mãe com "colo, ombro e ouvidos", esperando que talvez, desta vez dure pra valer, QUE SEJA FINALMENTE O ÚLTIMO.

Se não for, não foi.
Não faço mais planos, não me demoro em querer mais do que o tempo me dá todos os dias porqu,e se não controlar essa vontade de felicidade imensa que emana do peito com as ironias do amor, aí sim, eu irei me machucar de novo.
Sabiamente eu acumulo experiências particulares com cada uma das mulheres que passaram pela minha vida, esperando que da próxima vez não existam erros a serem cometidos ou surpresas a nos acometerem.


Vida sem amor é um nimbo só, nublado... A gente nunca sabe, mas na hora certa o horizonte abre numa vista bonita com as alegrias de um novo amor.

Não é?

ESPERANÇA.

sexta-feira, setembro 24, 2010

"ENRAIZADO"



Pelas minhas próprias convicções.

Sou um homem de opiniões mutantes, de fases marcantes e de fortes mudanças quanto ás ideologias e experiências que abraço e pelas quais passo.

Muitas vezes já parei para reler este meu tão particular instrumento de avaliação e auto-critica e me dou conta do quanto me modifico todos os dias. Nunca irei concluir que voltar á alguma opinião que antes havia renunciado será para mim regresso quanto á minha evolução... Não. Será uma nova visão dos meus princípios e ideologias, exatamente como as ramificações de uma raiz fortificada que nutre uma árvore em crescimento.

Talvez eu possa ser um homem feito de opiniões fortes que parecem muito maduras para os outros mas, particularmente, eu me sinto um aprendiz da vida, dos acasos e dos momentos. Eu nunca vou sentir saber tudo nem o suficiente e é exatamente baseado neste sentimento que um sábio homem me disse uma vez que "descansa aí um nobre princípio dos mais sábios homens que já viveram, a humildade".

Sabedoria é de fato reconhecer que é sempre preciso buscar uma nova e aprimorada lição sobre o que já saibamos, pode ser progressiva trazendo uma visão diferenciada ou de forma que venha a enriquecer uma visão já conhecida.

O que quer que façamos, é sempre preciso reconhecer que no fim a verdade não reside em uma existência e uma situação, mas sim nas controvérsias do tempo, na existência e individualização de cada ser dotado de razão existente no passado, no presente ou futuro. Fácil perceber que se não houvesse existido o "ontem", não existiria o hoje, nem nós, nem o blog, os textos ou a razoável paixão de exteriorizar sentimentos e filosofias deste singelo autor.

Estou enraizado nos propósitos de minhas próprias verdades, dos meus mais fortes sentimentos.

Quando me perguntam se estou me contradizendo ou se há uma congruência de idéias ou palavras, eu afirmo que sim, mas que toda nova adaptação é corrente e constante, e podem não constar nos escritos passados deste blog. Eu sou mais do que as palavras escritas aqui, uma constante mutação de formas, idéias e sentimentos que me fazem hoje dizer "sim" e amanhã talvez "não" para o que fui, pensei ou escrevi... Acho que aí está contida a verdadeira magia deste blog, o direito de mudar, debater, conhecer e me enriquecer com o que quer que possa vir a seguir, com quem quer que venha a suprir novas ou velhas palavras de amor, mas que além somente das palavras que me inspiram, alimente em grande escala a bomba de emoções que carrego continuamente e carinhosamente no peito.

Existem coisas que jamais foram exteriorizadas  em proporções tão absolutamente grandiosas que seria difícil com palavras poder exteriorizar... Existem esperanças e vontades em meu peito que jamais pude suprir por ninguém,  outras que continuamente deverás e deverão em novas situações serem cultivadas, na esperança de que com o tempo (muito tempo), outras pessoas possam vivenciar e entender tudo o que tão admiravelmente cresci assistindo, conhecendo e admirando. O amor eterno, jovial, cultivado pelos incessantes carinhos e chamegos sinceros, beijos sucessivos, olhares derretidos e sorrisos abrilhantados de casais que com muita sabedoria cultivaram dentro de si, todos os dias, independente do tempo, anos, meses, décadas ou até futuramente séculos (espero!) a paixão, aquém somente do amor.

É este casal que tão maravilhosamente belos cultivaram minha semente com maestria, que me tornam um pessoa convicta das raízes que formei e estou formando, na busca de uma fortificação maciça da FORTALEZA do meu eterno crescimento psíquico e moral.


Só o que me cabe é agradecer por aquietar a pré-ocupação de um jovem com ânsia de correr antes mesmo de aprender a andar e que com muito jeito e sabedoria me fazem aprender a não me "pré ocupar" com situações e preocupações irrelevantes para a sábia vivência de "um dia após o outro".

Amo a senhora Mãe.

quarta-feira, setembro 22, 2010

"REDENÇÃO & NOBREZA"



Do lado de cá, eu sou apenas um menino... Um aprendiz.
Engraçado, tem pessoas que nos aparecem que sem perceber nos dão um estalo muito necessário.
Esta linda mulher com quem tão restritamente tenho conversado me presenteou ontem sem saber, como se fosse uma troca com uma musica muito peculiar da qual anunciei na postagem anterior.
É um presente para ela mesma comemorando o seu novo recomeço, a busca pelo novo desfecho, mas que me coube perfeitamente também.
Eu percebi ontem a noite que errei tanto em tantas situações com algumas mulheres que amei.
Me dei conta de que não fui um galante salvador de seus problemas, aliás, acho que jamais poderia... Me faltou NOBREZA, nobreza esta que todas elas tiveram em proporções inimagináveis. Eu achei que estava dominando o meu mundinho, o meu próprio lado, ás vezes ajudando todas elas com o que fazia ou dizia, mas no fim, quem precisava de ajuda todo este tempo era apenas eu, eu que pensava dominar tão sabiamente meus sentimentos mas que no fim, não dominei nada... Eu não sou um psicólogo, não posso simplesmente escolher ajudar as pessoas e na hora precisa descartar o que construi com elas porque no fim, o que mais eu estarei fazendo além de plantar novos problemas para elas e consequentemente para mim?!
Não, já chega! Como fui burro, como perdi tanto assim por tanto tempo?
O sorriso de cada uma de vocês continua brilhando em mim, cada lembrança e cada momento mas eu não posso mais, nem por vocês que me superaram nem por mim que parei no tempo. 
Eu preciso dar um salto com vontade, mudar pro "lado de lá", sair daqui não lhes procurar mais!
Ah... Confesso minha redenção, peço minhas mais sinceras desculpas e anseio pelo perdão de vocês. Talvez nem sintam como eu o que estou dizendo ter feito, talvez ainda lhes pareça bonito e certo mas sinto que usei em muitos momentos para massagear e alimentar meu ego ferido.
Eu gastei o sentimento amor erroneamente muitas vezes, alimentei esperanças e sonhos... Não ajudei, denegri apenas os sonhos de vocês.
Eu amo com sinceridade e com todo o meu coração todas vocês, mas ao mesmo tempo acho que me restringi em aprender a amar, talvez tenha falhado no momento em que me reservei do amor.

Hoje eu me pergunto se realmente aprendi a amar.

terça-feira, setembro 21, 2010

Chimarruts - Do lado de Cá




Adorei!


 
Se a vida às vezes dá uns dias de segundos cinzas
e o tempo tic taca devagar
Põe o teu melhor vestido, brilha teu sorriso
Vem pra cá, vem pra cá
Se a vida muitas vezes só chuvisca, só garoa
e tudo não parece funcionar
Deixe esse problema a toa, pra ficar na boa
Vem pra cá
Do lado de cá, a vista é bonita
A maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá tem música, amigos e alguém para amar
Do lado de cá
A vida é agora, vê se não demora.
Pra recomeçar é só ter vontade de felicidade pra pular
Do lado de cá, a vista é bonita
A maré é boa de provar
Do lado de cá, eu vivo tranquila
E o meu corpo dança sem parar
Do lado de cá tem música, amigos e alguém para amar
Do lado de cá

"PEDIDO DE UM ESTRUPÍCIO"



"Gostoso é rir da vida" ... Começo este novo texto fazendo menção á este sábio Slogan de uma cerveja famosa.
Esperto é aquele que consegue tirar proveito de qualquer situação pra encontrar uma visão positiva, otimista, aquela tal do "copo meio cheio". Sinceramente, eu me sinto em uma boa fase hoje e exatamente por isso, sinto que tenho o dever de disseminar esta felicidade. Eu tenho alta estima e satisfação enorme por uma mulher meio doidinha que conheço pouco e á pouco tempo.
Aprendi que ela gosta de velocidade, de emoção e riscos calculados... É divertida, engraçada, absolutamente amalucada e espuleta, uma alma jovial com um ar intenso de mulher madura, interessante, até ás vezes misteriosa.
É um contraste muito peculiar de seriedade e sorriso sincero (bonito), um olhar que brilha de satisfação se você se lembrar dela e agraciá-la... Fato muito singular e rápido, deve-se tomar muita atenção para ter a sorte de presenciar.
Infelizmente vejo que ultimamente tem  lhe acontecido alguns fatos chatos, que tem lhe tomado um pouco as atenções e o brilho. Me lembro de lhe ver chorando há algumas semanas e apesar de ter tido uma vontade imensa de calado apenas lhe dar um abraço, senti que provavelmente você iria se perguntar "que diabos esse louco sem noção ta pensando que pode vir me abraçar agora?! - Folgado" e achei melhor não, rs.
Sabe bonita, tem pequenas catástrofes que nos acontecem ás vezes em que é difícil de lidar, de sair do fundo do poço, daquele buraco frio, úmido e apertado que entramos psicologicamente, momentos estes que só queremos sumir, ser invisíveis, desaparecer, são problemas só nossos, não dá pra compartilhar o fardo.
Aí surge uma alma boa... Um palhaço estupidamente babaca, mas que mesmo sendo uma pessoa absolutamente sem noção consegue nos tirar desta depressão toda mesmo que por alguns instantes nos fazendo bem. Nós encontramos uma certa esperança muito intima quando alguém vem a agregar algo de concreto em nosso interior, nos sentimos preparados e confiantes de que no fim há uma solução, uma saída mais clara até do que esperávamos, mais fácil até do que pensávamos.
Talvez eu esteja realmente escrevendo como uma protesto mudo de uma vontade intensa de ser seu confidente, ombro, colo e grande amigo, talvez eu realmente esteja silenciado por uma série de pequenas situações e desventuras das quais pacientemente deva respeitar por hora para que nenhum de nós venhamos a perder algo, alguém ou nós mesmos. Confesso que tenho nutrido em meu íntimo um crescente sentimento de carinho e vontade avassaladora em conversar, propor e falar de tudo e sobre tudo com você, te conhecer, saber sobre suas opniões, me enriquecer com uma conversa sincera com uma mulher tão encantadora. 
Sinto a recirpocidade mas ao mesmo tempo uma pequena tensão e impossibilidade de que o façamos agora... Talvez saibamos de todos os motivos, talvez não, mas como sei que você irá ler esta postagem, te peço que leia também com olhos críticos e visões amplas todas as palavras de apoio contidas em cada um dos textos lincados abaixo, textos dos quais peço que leia tanto por você, quanto por nós, como futuros bons amigos e, como sinceramente espero confidentes, que os leia entendendo que caridosamente espero acertar em lhe confortar com algumas das palavras e situações que eu possa ter passado.
Leia bonita, com atenção e sabedoria para que possa entender cada linha de pensamento, cada pequeno sentimento que este tão amalucado autor já viveu, conviveu e aprendeu por alguém e que mesmo sabendo pouco ou podendo pouco agora, estou aqui por você para o que precisar, pelo tempo que precisar.

É só falar, ok?

domingo, setembro 19, 2010

"PARADOXO"




 Eu tenho seguido meus instintos, mas sinto que eles estão se tornando muito complexos.
Tem coisas que eu gostaria de ter de volta, outras, que ao menos não ficassem mal resolvidas, não gosto disso, não sou assim.
Um dia uma grande amiga disse que fiquei com ego ferido quanto á alguns acontecimentos, ela tem razão, mas esta razão se limita até um momento limite, até algum tempo atrás. Sinto-me um paradoxo completo, mas nada mais do que uma pessoa comum.
Eu sou romântico assumido e com muito orgulho.
Gosto do carinho, do dengo, do chamego, no susurro ao pé do ouvido e das mordidas no pescoço, de um beijo ardente, envolvente, quente, uma pegada firme, suspiros, respiração acelerada. Gosto de pequenas coisas no dia a dia, enriquecer com o olhar, com declarações silenciosas.
Gosto de falar belas palavras e sentimentos positivos, gosto de me expressar, não esconder, não me limitar.
Em contrapartida erro, em proporções absurdas. Hoje já nem sofro mais, nem me incomodo tanto... No fundo existe um pequenino incômodo quanto á um sentimento de algo omitido, inacabado, acontecimentos que poderiam ter tomado outro rumo, outras proporções. Sou um turbilhão constante de tudo ao mesmo tempo, do amor ao ódio, mas só realmente aprendo e me adapto após algum tempo em ter passado pela situação, talvez seja esse meu tempo (todo) necessário para assimilar.
Se em um instante tá tudo bem, no seguinte eu me afundo e perco novamente em relembrar e pensar em situações das quais eu poderia ter evitado, tomado um rumo muito diferente se tivesse me controlado.
Acredito que talvez seja medo... Indecisão, ego ferido ou vá lá saber... No fim é tudo uma questão de aprendizado constante e tempo necessário para cada novo momento que nos surpreende.
Mas devo dizer que gostaria de me desculpar, sinceramente por um monte de bobagens... Acho que era medo de me tornar apenas "amigo".
No fim, ainda não muito contente, discordo de mim mesmo pelo que escrevi ali pra cima, o que eu quero era diferente, eu sei o que quero, só me nego por orgulho, só talvez persiga o erro para alimentar alguma pontada de prazer que eu esteja carregando, íntimo em conflito, paradoxo de realidades, de visões, de vontades.
Se for mandar ver atrás dos meus instintos, vou voltar á fase de "sem limites" pré-acidente.

Melhor parar de pensar, esquecer, superar, adaptar e deixar o tempo consertar.

segunda-feira, setembro 13, 2010

"NOVOS E VELHOS CICLOS"



Recebo de volta uma percepção que tenho em momentos muito peculiares pelos quais passei, a ideologia de que a vida é um ciclo, como uma escada em espiral, toda igual mas que durante seu percurso possui varias portas que a interrompem e levam á uma nova escada (sucessivamente).
Imaginem que temos fases naturais como seres humanos. Nós nascemos, crescemos, aprendemos, passamos pela adolescência e por fim nos tornamos adultos... Mas se por espécie e gênero somos todos iguais, por que nos diferimos todos e tanto?
Acredito o "porque" seja as situações de vida que passamos... Nem mesmo irmão gêmeos passam pelas mesmas coisas, ao mesmo tempo, todo o tempo (sakas?). Vejo que um estará á direita e outro á esquerda, mesmo que as roupas sejam iguais não são o mesmo tecido, que seus pratos possam ser parecidos, mas o que estão comendo não é o mesmo aos dois, talvez apenas uma parte de um todo anterior.
Pode haver um buraco na esquerda, ou na direita durante o caminho que trilham, a roupa de um pode causar alergia, a comida do prato pode lhe causar indigestão... E é aí que o acaso vai agir... Um passará pela situação e o outro não, um se diferenciará do outro. Usando de uma analogia que agora escrita me parece um pouco babaca, mas que foi talvez o melhor exemplo que pude bolar neste instante pra me expressar, nós somos quem e o que somos porque algo nos fez assim... Algo, nada e tudo simultâneamente são as razões com que me fazem acreditar que somos feitos de ciclos (escadas), que se repetem e que a cada nova repetição vêm a nos abrir uma alternativa natural (portas) para a situação que já temos conhecimento, nos abrindo um horizonte indisvendável se for ali que resolvamos escolher (nova escada).
Eu estou vagarosamente me tornando quem era antes do acidente de 2007, onde resolvi dar um basta e mudar minha vida, meus modos e minhas escolhas. Tirei os brincos, me afastei de meus amigos, parei de beber e fumar e me foquei em algo grandioso (vestibular... Mas vá lá, era o meu desfecho na época), um desfecho para minha vida... Nada mais natural seria do que já ter este foco antes do acontecimento, mas acho que naquele momento havia sido crucial. Eu mudei, me adaptei e me transformei em alguém tão sério que não consegui mais me desvincular disso... Não conseguia mais me libertar da escolha que tinha feito, talvez não conscientemente no meu dia a dia, mas claro que sentia o gostinho da minha liberdade em algumas raras ocasiões, onde usando de meu hedonismo não mudara (Graças!).
O ciclo que passei nestes ultimos dois meses foi uma sucessão, um "dejavu" dos ultimos dois anos, o desfecho do acidente, o fim dos relacionamentos... Acho que vislumbrei nesta ultima semana em Brasília (Ah... Saudosa Brasília!) uma brecha para retornar a me libertar de mim mesmo, dos meus próprios fantasmas e das limitações á algumas situações das quais eu mesmo havia me imposto.
Não deixarei jamais de lado tudo o que aprendi com as pessoas e comigo mesmo desde minha escolha em mudar e em amadurecer, mas percebo que nestes últimos dias eu escolhi o sentido novo e alternativo deste ciclo que se repete, não porque eu realmente gostaria só de me "libertar", mas porque eu precisava novamente me adaptar, amadurecer. 
É necessário agora (em meu íntimo) acreditar que é preciso ser menos sério, deixar de tomar todas as dores e assumir responsabilidades com todas as minhas forças e dando o meu sangue, acho que preciso me preocupar menos, sofrer menos por isso, porque no fim, eu não sou nada mais do que um jovem, um simples universitário e não um pai de família com inúmeros fardos pesados nas costas... Não... Eu terei a hora para isso, saberei agir quando for para ser. Agora acredito que eu deva me reservar o direito de errar, sem pudores e cobranças pois se é pra aprender a ser o melhor, até lá, eu devo poder sem sofrer.
Eu quero mais é viver mesmo meus amores, participar de novo das festas, rir, trakinar e fazer palhaçadas, andar pelas ruas sozinho de madrugada e pensar com cuidado sobre "do que será o meu amanhã?" sem que a iminência do momento e a presença da dúvida me façam sofrer por antecedência.
Sem papas na língua nem mais me segurar eu abro de novo a mente pra esse novo/velho cara que vos escreve onde saudosas sejam as situações absolutamente amalucadas e inacreditáveis que já fui autor e causa e que sejam então as novas, deste novo ciclo, ainda mais ousadas "sem limites" para errar, viver e aprender.

Porque no fim, seria eu um homem completo sem histórias para contar?

Não, acho que não... Eu seria vazio, amargurado, limitado apenas até onde somente acertei, não seria eu, de alma e coração a ousadia que deliciosamente me atrevo a ser.

domingo, setembro 12, 2010

"DIVINA MULHER"




A cada nova foto que vejo, imagino uma realidade, situações enormes, completas, de cada sorriso ou gargalhada que possam ter feito parte daquele momento, estampado nesse sorriso enorme de traços sinceros.
A musa a quem me refiro é um enigma para mim, não pelo fato de saber se tratar de uma mulher tão completa e rara que seria impossível sequer pensar em compará-la á alguém... Mas pelo fato de que literalmente, tudo o que tenho de conhecimento sobre essa enigmática mulher são suas divertidas fotos e altos papos cabeças por depoimento.
Nossos horários parecem não bater, mas nossas idéias e vontades estão tomando linhas convergentes a cada nova palavra que nos é trocada. Me inspira perceber que exista alguém de aura tão grandiosa... Até onde vi, li e ouvi (além da minha percepção minuciosa e mais particular quanto aos seus detalhes) é uma equilibrio tão belo de diversão e sinceridade que consegue ser cativante apenas com seu olhar receptivo e sorriso mais belo, surreal.
Espero sinceramente que fique muitíssimo mal acostumada quanto á enxurrada de elogios que lhe lanço por escrito, futuras palavras e é claro, em meu íntimo, sempre que a vejo.
Imagine para mim belíssima, como é reler repetidas vezes a parte em que me confessa "ontem eu quase te liguei" porque você não tem como imaginar a satisfação que será a conversa sincera, agora que sabe do sentimento sedutor, e eu sei da recíproca que tenho de você quanto á admiração.
Me parece pela maneira que foram colocadas suas palavras que começa a entender agora o porque eu digo que cultivo uma enorme admiração pela figura tão singular que você é, pelo poder tão grande, cativante e sedutor que você exala em todos nós que lhe estão próximos, e que seu sorriso quando se abre, é paz.
O ponto alto de tudo é o sorriso... As linhas que se abre em torno de lábios tão belos, o ligeiro e quase imperceptível fechar dos olhos, a gesticulação rápida de suas mãos demonstrando que é ali, naquele ponto em que você está realmente se divertindo. 
- Averbo aqui um novo fato já que após algumas horas de Buteco onde pude perceber que o escarlate de seu rosto com vergonha e o repetido gesto de arrumar os cabelos que lhe caem majestosamente ao rosto são algo mais do que divino de presenciar... São inusitados, absolutamente fora e acima da realidade conhecida pelo homem comum... É  incalculável.
Libera ao mundo como um perfume uma sexualidade tão natural que confesso ser quase impossível conter a vontade de lhe dar um abraço calmo, terno, demorado, não só porque você o mereça pelo carinho que a envolverá, mas porque o sentimento de proteção e o juntar dos corpos, cheiros e calores parecem aos meus olhos algo absolutamente divino.
Da ultima vez que a vi os olhares que recebi foram diferentes, meio envergonhados, com um sorriso de que anseia por descobrir os tamanhos "porques" de palavras que soaram tão sedutoras, mas que entenda que as são graças á tudo o que é natural em você, são assim pela inteligência que carrega, os divertidos sorrisos que nos abre, o olhar profundo e sincero quando realmente se interessa por algo e alguém (aliás, deter a atenção deste olhar tão belo chega a causar deliciosos calafrios), a beleza que conquista, a singularidade dos gestos e o tamanho carinho com que nos carrega, a todos nós, seja a sua família, amigos ou até um louco que de repente deu de ser sedutor com você!
Não minto que começou como uma brincadeira, era displicente, descontraída... Mas no curso em que tomaram as confissões por depoimento, tomei como uma grande verdade e com gosto quero sim te mostrar e lhe fazer entender que "rara" e "singular" ainda são palavras insuficientes para definir a enigmática e bela mulher que és.


A mulher que tem me causado calafrios... Bela, doce, gentil, sexy e poderosa.
E que se em algum novo momento lhe existir uma simples sombra daquele injusto sentimento, que você reconheça neste traço uma renovação do acaso pois será neste momento em que surgirá um ícone para lhe abraçar e confortar com todo o carinho, desejo e admiração possíveis... Bastando apenas que esta também lhe seja sua vontade.
Para que não exista mais a falta dos prazeres do amor para você, a mais linda e divina das mulheres.

Raio de sol.

sábado, setembro 04, 2010

...

Daqui onde estou hoje, me parece que a gente muda muito de opnião, e muda muito rápido.
É uma infinidade de pequenas coisinhas que a gente não planeja, mas que acontecem dentro de nós... Mudamos nossa maneira de enxergar e encarar alguns tipos de coisa, talvez permanentemente, criando algum tipo de aversão profunda, ou simplesmente indiferença, outras vezes, apenas por algum tempo, redescobrindo e despertando novamente a nossa vontade pela opnião passada.
Mudamos nossos sentimentos... Mudamos com as pessoas e com o que sentimos por elas, nossas preferencias, a moda, maneiras de pensar, ideologias, credos, palavras.
O tempo é parceiro fiel de cada uma destas mudanças... Me lembro que quando era adolescente, tudo o que me importava era que a minha bicicleta estivesse style, que eu estivesse na moda ou que pelo menos, estivesse com um visual "cool". Uns anos depois, era importante beber muito e não ficar bebado, fumar gudan pra parecer descolado e aparecer de carro nos lugares. Os valores mudam, nossas cabeças mudam.
Droga, começou com uma linha de pensamento descontraída e divertida e sem perceber já me coloquei de novo no contexto com problemas atuais.

Me parece que ainda não estou pronto pra escrever de novo.

sexta-feira, setembro 03, 2010

"A ODISSÉIA DE MORAR SOZINHO"



Primeira regra para aprender:

A ROUPA DE CAMA E A LOUÇA NÃO SE LAVAM SOZINHAS.

"Deliciosamente cansativa", é como me refiro à essa odisseia de morar sozinho. Tem uma infinidade interminável de novas leis para se aprender no primeiro dia, simplesmente "vomitadas" em cima de você e pode acreditar, que se não se adaptar logo á elas, você vai sofrer pra caramba!

A gente aprende que pentelho em cima do ralo do chuveiro é uma realidade grotesca e desconcertante (eles realmente existem!), descobre que a casa não se limpa sozinha e que desesperadamente, ela tem de ser desinfetada antes que entre em estado de calamidade pública e seja interditada permanentemente pelo estado putrefado dos alimentos esquecidos no fundo do armário em cultura biológica de fungos (normalmente trocados por pizza e lanches do MC') ou daquele cesto escroto de papel usado do banheiro (blé!).

A gente descobre que dá pra passar alguns dias comendo sardinha e ovo cozido sem passar fome e que, se nada restar, sempre teremos um Tang no fundo da gaveta. A geladeira ás vezes é um adorno de refrigerar ar, ou se muito, contém um velho ketchup, alho triturado e queijo mofado. Você aprende e guarda na cabeça qual é o preço do detergente e do saco de arroz mais barato, quantos ovos dá pra comprar com alguns poucos reais, que é mais barato comprar pão de forma do que pão francês, que coca cola, presunto e queijo são artigos de luxo e que é razoavelmente possivel mendigar por um bife de alguém, além de descobrir que tudo o que vem de "potão", "litrão" ou com o slogan "pague x e leve y" compensam mais, independente se é de uma marca fuleira da qual você desconhece maiores detalhes.

Frutas e legumes? Só se você já tiver comprado o essencial para os dias de perrengue e fome... São o bônus de quem realmente gosta de comê-los, porque senão, o negócio é investir em mais miojo e ovo! (Hahahaha!).

A mais triste das realidades é que as roupas acumulam e não vão voluntariamente se colocando dentro da máquina, se pendurando o varal para gentilmente pararam de ocupar espaço e mofarem. 

As toalhas precisam ser lavadas, SEMPRE.

De repente a gente percebe que existem ratos e baratas no mundo e que se a louça não for lavada conquanto se fechem as portas e gavetas, podemos encontrar um surpresa desagradável. Aprendemos que o preço de um balde é inferior á R$ 1,00 e que ás vezes é mais fácil descartá-los com todo o conteúdo de dentro do que se atrever a ver suas mãos corroídas com o que quer que esteja cheirando mal.
Descobrimos que em uma república papel higiênico e garrafa de água potável são mais valiosas que jóias e que se não tivermos cuidado com o local onde os estocamos, podemos perder parte de nossas riquezas (já que nem sempre o parceiro tá no seu estado habitual).
Aprendemos a montar estratégias de guerra para matar os RATOS que aparecem e, que mesmo com a estratégia travada, sofremos graves baixas quanto aos (de duvidosa masculinidade) integrantes da casa. 

Descobrimos liberdades para com os amigos, ficantes, pretenders e namoradas... Temos nossos quartos, nossas intimidades e que mesmo com alguns caras cortando o barato ao chegar de madrugada bêbados e quase quebrarem as portas do seus quartos na testa (Valeu Bruno), a vida continua, e a aventura também.

As leis a que me refiro são as de tratamento em repúblicas... Morar sozinho, literalmente, é um pouco menos complicado, mas muito menos divertido. Não dá pra saber o que esperar de todas as pessoas da casa quando estamos em República, mas pode crer, no fim tudo acaba em risada. 

Toda casa tem um babaca, um sossegado, um poeta, um cínico, um "mestre", um cara com humor negro e ácido e uma penca de agregados ainda mais afortunados quanto ás suas tão particulares qualidades. Conviver com novas pessoas de diferentes criações é ás vezes uma batalha constante em uma linha tênue entre a guerra, o caos total, o paraíso e o purgatório e, pode crer... Eu sei disso, moro com o Murilo (ao menos agora em 2010).

Tenho plena e absoluta certeza de que não escrevi absolutamente nada do que poderia e desejaria sobre o enriquecido mundo badalado e conturbado que é o desta vida de morar sozinho, mas me felicito em parar aqui, com pobres detalhes, muitos flashes particulares de momentos e boas gargalhadas quanto á cada situação lembrada... Boa.

E a Odisseia CONTINUA! - Vamo que vamo!