sábado, janeiro 30, 2010

" OS LADOS "



As nossas verdades, de fato tem sempre duas faces.


Toda história, tem dois lados e é claro que todas as que nos dizem respeito dizem também a outra pessoa, com as suas particularidades. Nós precisamos nos antecipar e entender que nem sempre o que nossos queridos (um dos lados de uma história) nos contam, é a total verdade, pois, nós como seres humanos, temos a tendência á amenizar o nosso lado na história para diminuir as consequências.


Eu tive uma conversa muito interessante ontem a noite com minhas duas irmãs sobre relacionamentos e sentimentos, nossos e das pessoas. Hoje em dia encontramos facilmente uma pessoa que está interessada em se envolver até certo ponto, tomando cuidado para não criar um tipo de "dependência emocional", o que claro, normalmente acarreta em um rápido rompimento do relacionamento, sem qualquer aprofundamento. Ou seja, em palavras simples: não se encontra uma pessoa decente pra se ter um relacionamento sério, seguro e duradouro.


Não que eu enxergue um extremo de impossibilidade quanto a isso mas por um certo lado, me sinto um pouco desacreditado quanto á concretização de alguns dos meus planos de vida, dos quais os mais importantes envolvem relacionamento, casamento e filhos. Na minha visão como homem, fortificada pelas confissões das minhas irmãs, vejo que grande parte dos homens hoje são completos canalhas, que estão estupidamente maravilhados com a nossa geração liberal e descompromissada, acreditando mais fácil "arrumar" uma transa casual sem nenhum tipo de cobrança própria ou da parceira. É uma transa, uma noite, um momento e pronto.



Na grande maioria, nós, homens de hoje, não nos comprometemos mais em nos aprofundar em conhecer as mulheres com as quais começamos a nos envolver, o que traz uma ideia errada de relacionamento e consequentemente, um julgamento injusto sobre a parceira (claro que seguindo uma linha de pensamento machista) de que as mulheres hoje são "mais fáceis".



Hoje, em uma transa casual o homem é "comedor", e a mulher, uma "vagabunda". E infelizmente, por mais que eu queira deixar de acreditar que nos dias de hoje não exista mais esse tipo de taxação, existe sim. Somos criados com um tipo de orgulho machista por nossos pais, nós homens e mulheres, mas que, felizmente, em partes e muito aos poucos, a cada nova geração, tem se perdido este sentimento. Eu hoje sinto nojo em pensar que eu possa tomar um tipo de atitude machista com uma filha minha e nem mesmo cogito a possibilidade de julgar uma mulher, mas particularmente tenho critérios extremamente rigorosos em relação á fidelidade e doação em um relacionamento. Devo exigir sim, que uma companheira para mim deva ter esse tipo de sentimento por mim a partir do namoro até o momento do casamento e além, pois, ainda tenho fé de que quando for pra valer, o relacionamento para mim será verdadeiro. E para isso, espero reciprocidade.



Nunca me importei com números, jamais me importei com popularidade ou competição com meus amigos de quem era o mais "pegador". Futilidade para mim não combina, especialmente neste assunto, pois, eu quero me aprofundar, conhecer e provar das mais fantásticas belezas de todas as mulheres que eu possa vir a conhecer ou que eu já conheça porque sei que para mim e por mim, quando encucar em querer, será "ela" e pronto. Não aceito e não acredito na traição ou no desejo por outra enquanto estiver me relacionando, enfim, mesmo antiquado, eu sou mesmo um homem de uma mulher só. Mas por outro lado vejo que algumas das mulheres na busca por mais liberdade deste sentimento machista que nos persegue, se perde, não se dá o devido valor de mulher.



É certo que para cada mulher, mesmo que esteja acima do peso ou que seja absurdamente magra, que tenha problemas ou que não tenha compromisso algum, para cada uma dessas mulheres, existe um batalhão de caras babões prontos para o que der e vir e cabe a cada uma de vocês filtrar o tipo de cara que querem e o tipo de compromisso que estão procurando. Hoje, de fato, arranjar uma pessoa é fácil, principalmente para matar um desejo físico. Mas me pergunto e pergunto para vocês: Assim estão saciando seus desejos emocionais?



Muitas pessoas tem um tipo de medo de ficarem sozinhas e criam uma dependência tão grande que mesmo em relacionamentos infelizes não conseguem se desvincular ou, por outro lado, têm um relacionamento (grande parte um casamento de anos) mas arranjam amantes para suprir a carência física e ás vezes emocionais, sem nem mesmo terem se separado. É o medo de ficar sozinhas. Estas pessoas precisam de "garantias" e não consigo enxergar respeito por elas mesmas e nem pelos companheiros e amantes dessas histórias. Hoje, eu acho que temos uma escolha a fazer, cada um de nós.



Escolher parceiros com paciência e sermos minuciosos na escolha, ou cagar de vez e continuar a desvairar, torcendo pra que no fim não saia uma porcaria o que estejamos fazendo (até mesmo sem nos preocupar com consequência alguma), pois, mesmo com divórcio e a conformidade de uma má escolha precoce, quando passar de um certo ponto, o vínculo estará criado e será permanente. 



As impossibilidade certamente existirão, para todos nós, em todos os lugares em todos os tempos, mas cabe somente a nós a vontade de decidir corretamente quando chegarem nossos desfecho e não aceitar uma situação meramente porque sentimos medo ou gostamos da comodidade. É preciso querer, de corpo, alma e coração, e é claro, entender e acreditar que o que nós sentimos, certamente é sentido pela outra pessoa, todos em suas devidas proporções, mas que cada uma delas deve arcar com suas próprias consequências e sua sofreguidão nas escolhas que fazem ou que são cabidas a elas por outros.



E que mesmo com confiança, os espaços sejam sempre respeitados.

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